Maria Carpi é poesia

Maria Carpi entre Regina Ungaretti (E) e Luzimar Stricher

O público que participou da Conversa de Livraria ao Vivo com Maria Carpi na quarta-feira, dia 31 de agosto, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, foi brindado com momentos de muita sensibilidade e descontração, num clima impregnado de poesia, respirava-se poesia, pois a essência da poeta é amor, solidariedade, ar, terra, vida, enfim, poesia. A própria Maria Carpi afirma que ser poeta é estar em sintonia com todos os seres do universo. E fazer poesia “é a minha maneira de viver, de estar no mundo”, ressalta. Para ela, viver poeticamente é uma arte e que a poesia ajuda a disciplinar a sensibilidade. Para as pessoa mais próximas, a poeta não apenas faz poesia, mas vive poesia.

Sua poesia, por vezes é hermética, mas como costuma dizer “o sagrado nem sempre se dá a conhecer… ” Segundo ela, “para o mistério, nada melhor do que a poesia, que desvela, velando”. Destaca também que aqueles que lidam com a arte têm fé no mistério. E que fé “é a disponibilidade para exercer o bem”.

O profundo conhecimento intelectual e a grande empatia de Maria Carpi foram determinantes para a plena interatividade estabelecida entre a poeta e o público. Por fim, ficou o seu convite para que todos “vivam poeticamente, seja com a poesia escrita, falada, poesia do cotidiano, da amizade, enfim, todas as formas de sentir a poesia, pois a vida é poesia!” Ela costuma dizer que a melhor poesia “eu não leio, mas vejo”.

O poeta Fabricio Carpinejar, filho de Maria Carpi, participou também do bate-papo, que contou com a mediação de Luzimar Stricher, produtora e diretora do documentário Vida e Obra de Maria Carpi, exibido no evento.

No período da noite, às 19h, a programação prosseguiu com o evento Quarta Tem Sarau no Quarto – Prata da Casa, apresentado pela equipe do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, juntamente com Maria Carpi e o músico Cláudio Levitan. Na pauta, leitura e debate sobre a obra literária da poeta convidada.

Fotos: Paulo Camargo