Fica até 31 de julho, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, em Porto Alegre, exposição com 13 quadros do pintor de origem judaica conhecido como o principal falsificador da Operação Bernhard – programa de falsificação de dinheiro perpetrado durante o nazismo
Até o próximo dia 31, a sala O Retrato, no 4º andar do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), localizado no Centro da capital gaúcha, estará sediando uma exposição inédita no País, a qual reúne 13 quadros do pintor judeu ucraniano Salomon “Saly” Smolianoff (1897-1976), sendo sete gouaches, três óleos sobre tela, dois desenhos a lápis e uma aquarela. O público terá a chance de conferir, portanto, a obra deste hábil artista plástico, que ainda é conhecido por ter protagonizado uma pitoresca história durante a Segunda Guerra Mundial. Preso em um campo de concentração, era obrigado a fazer as matrizes de libra e dólar para que Adolf Hitler pudesse financiar suas conquistas territoriais, em um programa de falsificação de dinheiro designado como Operação Bernhard.
Até o próximo dia 31, a sala O Retrato, no 4º andar do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), localizado no Centro da capital gaúcha, estará sediando uma exposição inédita no País, a qual reúne 13 quadros do pintor judeu ucraniano Salomon “Saly” Smolianoff (1897-1976), sendo sete gouaches, três óleos sobre tela, dois desenhos a lápis e uma aquarela. O público terá a chance de conferir, portanto, a obra deste hábil artista plástico, que ainda é conhecido por ter protagonizado uma pitoresca história durante a Segunda Guerra Mundial. Preso em um campo de concentração, era obrigado a fazer as matrizes de libra e dólar para que Adolf Hitler pudesse financiar suas conquistas territoriais, em um programa de falsificação de dinheiro designado como Operação Bernhard.
Nascido em Kremenchuk e formado em artes plásticas em Odessa, ambas cidades ucranianas, Salomon fixou residência no Uruguai após o conflito e, em seguida, quando a Interpol fechou o cerco e divulgou seu passado entre a elite uruguaia, em Porto Alegre, onde terminou seus dias anonimamente. Morador de um apartamento de dois quartos, localizado na Avenida João Pessoa, que também era utilizado como ateliê, o artista tinha um estilo de vida discreto – tanto que sequer assinava o próprio nome nas obras que vendia à elite porto-alegrense – e sobreviveu até o final da vida com a venda de quadros.
A biografia de Saly, com seus conflitos de consciência por ter sido o principal falsário recrutado pelo exército alemão, foi revelada no filme austríaco Os Falsários, vencedor do Oscar na categoria de melhor longa metragem estrangeiro, em 2008. Foi tema também do primeiro curta da série Guerra e Paz, chamado O Falsário de Hitler (do Núcleo de Especiais da RBS Tv, que foram lançados em 15 de julho no auditório Barbosa Lessa, no CCCEV) e foi transmitido na emissora no último sábado. A escolha para a equipe de falsificadores do campo de concentração foi motivada porque Smolianoff, contrário ao regime comunista, já havia falsificado dinheiro russo com o intuito de desestruturar a União Soviética. Antes do regime nazista, portanto, ele já havia sofrido a perseguição dos comunistas da Ucrânia.
As obras de Salomon Smolianoff, reunidas no CCCEV, pertencem à artista plástica Anico Herskovits, que cedeu os quadros para a exposição através da parceria com o CCCEV e o Núcleo de Especiais da RBS Tv. Anico foi curadora da exitosa trilogia Gráfica Gaúcha, projeto realizado em três etapas desde 2007 e que consistiu no mapeamento da produção gráfica do Rio Grande do Sul. Os pais de Anico conheceram Saly na viagem de navio que os levou da Itália ao Uruguai e mantiveram contato com o artista naquele país e, mais tarde, em Porto Alegre. Anico descreve a obscura trajetória de Salomon, que, de artista talentoso, passou à posteridade como famoso falsificador.
“Ele começou a falsificar dinheiro a convite de um professor, a fim de salvar prisioneiros do governo. Foi preso primeiro pelos comunistas, depois pelos nazistas e, por fim, monitorado implacavelmente pela interpol. Ao fim dos combates, foi para a Itália e, posteriormente, ao Uruguai, onde tinha familiares. Descoberto pelas elites que o sustentavam, comprando seus retratos de pintura tecnicamente impecáveis, preferiu refugiar-se em Porto Alegre. Salomon deixou marcas através de sua paixão pela arte. Uma arte não reconhecida, eclipsada pela sua participação em um acontecimento que marcou a história mundial”, conta a artista plástica. A mostra tem horário de visitação diferenciado, de terças a sextas-feiras, das 12h às 19h, e aos sábados, das 12h às 18h. O Centro Cultural CEEE Erico Verissimo está localizado à Rua dos Andradas, 1223, Centro Histórico. A entrada é franca.
O que: exposição com obras do pintor ucraniano Salomon Smolianoff.
Onde: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), localizado à Rua dos Andradas, 1223, Centro Histórico - Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Quando: até 31 de julho. O horário de visitação é de terças a sextas-feiras, das 12h às 19h, e aos sábados, das 12h às 18h.
Quanto: entrada franca.
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