sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Show de descontração e simpatia



Ney defende conviver com as diferenças

Ney Matogrosso deu um show, ele foi o show! E não foi cantando, onde é absoluto, mas no bate-papo com o jornalista Ruy Carlos Ostermann, no Encontros com o Professor, realizado na noite dessa quinta-feira, dia 15 de setembro, no auditório Barbosa Lessa do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo.

Conversaram sobre vários assuntos, um diálogo descontraído, pois Ney é uma pessoa, tranquila, alegre e de uma inteligência ímpar. Carisma não lhe falta também. O cantor contou um pouco de sua vida, da relação difícil que teve com o pai quando resolveu sair de casa, aos 19 anos, e ganhar o mundo. Falou do Secos e Molhados, grupo musical que o projetou no cenário artístico nacional na década de 70. Comentou que a transgressão que o grupo significou para  a época tinha a ver com a postura irreverente dele e de seus parceiros de banda. E sobre este seu lado transgressor afirma ter recebido influências de Elvis Presley, Marlon Brando e James Dean.

A conversa percorreu os mais variados caminhos, desde aspectos pessoais do cantor, passando pelas nuances da política governamental, políticos, a sociedade e as repercussões disso na vida do povo brasileiro. Ney, que costuma dizer estar “sempre observando bem as coisas”, acredita que o País pode melhorar se investir mais nos segmentos de educação e saúde.

Ney não cantou, mas encantou. Seu talento ultrapassa o sucesso alcançado como cantor, e algumas incursões como ator, a prova disso é que veio a Porto Alegre participar do 18º Porto Alegre em Cena, como diretor da peça Dentro da Noite, monólogo representado pelo Marcos Alvisi e que esteve em cartaz no Teatro Carlos Carvalho.


O cantor é afinado não só na voz, mas na vida. Gosta de viver o presente e diz que o segredo de estar bem fisicamente deve-se ao fato de "comer pouco e fazer exercícios físicos diários”, o que vem realizando desde os 56 anos de idade.

Ao final do encontro, recebeu uma homenagem de Antônio Carlos Falcão, que  fez uma performance interpretando Maria Bethânia. Expoente da cena cultural de Porto Alegre desde os anos 80, Falcão é  conhecido do público gaúcho pelo seu trabalho em teatro, cinema e televisão.

O público riu,  divertiu-se  e foi embora feliz.


Falcão divertiu a todos com a sua Bethânia

Ney ajudou Falcão a soltar a peruca presa

Público lotou o auditório Barbosa Lessa


Texto e fotos: Paulo Camargo

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